Acerca de mim

Sou Técnica de Serviço Social /Assistente Social por gosto! ATENÇÃO: Não sou do signo Touro (como está no profile), mas sim CAPRICÓRNIO! ;)
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domingo, 31 de dezembro de 2006

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1...




Que o Ano 2007
vos fique na memória
como um dos melhores anos de vida!


Saúúúúúde!!!



sábado, 30 de dezembro de 2006

As Coisas Nem Sempre São O Que Parecem!



Dois Anjos viajantes pararam para passar a noite na casa de uma família muito rica. A família era rude e não permitiu que os Anjos ficassem no quarto de hóspedes da mansão. Em vez disso, deram aos Anjos um espaço pequeno no sótão frio da casa. À medida que eles faziam a cama no duro piso, o Anjo mais velho viu um buraco na parede e o tapou. Quando o Anjo mais jovem lhe perguntou o porquê, o Anjo mais velho respondeu: "As coisas nem sempre são o que parecem".

Na noite seguinte, os dois anjos foram descansar na casa de um casal muito pobre, mas o senhor e sua esposa eram muito hospitaleiros. Depois de compartilhar a pouca comida que a família pobre tinha, o casal permitiu que os Anjos dormissem na sua cama, onde eles poderiam ter uma boa noite de descanso. Quando amanheceu, no dia seguinte, os anjos encontraram o casal banhado em lágrimas. A única vaca que eles tinham, cujo leite havia sido a única entrada de dinheiro, jazia morta no campo. O Anjo mais jovem estava furioso e perguntou ao mais velho: "como você permitiu que isto acontecesse? O primeiro homem tinha de tudo e, no entanto, você o ajudou". O Anjo mais jovem acusava-o. "A segunda família tinha pouco, mas estava disposta a compartilhar tudo, e você permitiu que a vaca morresse".

"As coisas nem sempre são o que parecem," respondeu o anjo mais velho. "Quando estávamos no sótão daquela imensa mansão, notei que havia ouro naquele buraco da parede. Como o proprietário estava obcecado com a avareza e não estava disposto a compartilhar sua boa sorte, fechei o buraco de maneira que ele nunca mais o encontraria."

"Depois, ontem à noite, quando dormíamos na casa da família pobre, o anjo da morte veio em busca da mulher do agricultor. E eu lhe dei a vaca em seu lugar. As coisas nem sempre são como parecem."




Algumas vezes, isto é exactamente o que acontece quando as coisas não saem da maneira como esperamos. Somente necessitamos confiar que seja quais forem as coisas que aconteçam, sempre serão uma vantagem para nós. Talvez venhamos a compreender isto só um pouco mais tarde…

Algumas pessoas passam por nossas vidas e se vão rapidamente…
Algumas pessoas, convertem-se em amigos e permanecem por algum tempo...
Não será por acaso…

O ontem é história.
O amanhã um mistério.
O hoje é uma dádiva.
E é por isto que se chama Presente!

Acredite que esta vida é especial...viva e saboreie cada momento também de forma ESPECIAL…

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Pensamento...

"A nossa missão não é julgar o que é justo ou injusto: é apenas ajudar".
Madre Teresa de Calcutá
E o caso da Sara continua…

Mãe da Sara fica em prisão preventiva
O interrogatório à mulher de 24 anos, no Tribunal de Monção, começou cerca das 11:00 e acabou à 16:30.


A mãe da Sara, a criança que morreu vítima de alegados maus-tratos fica em prisão preventiva. A medida de coação máxima foi decretada pelo Tribunal de Monção, ao fim de seis horas e meia de interrogatório.
À porta do tribunal estiveram cerca de 200 pessoas que receberam a mulher de 24 anos com insultos e ameaças.
A mulher, de 24 anos, já tinha sido ouvida na quinta-feira à tarde, durante quatro horas, pela Polícia Judiciária (PJ) e, posteriormente, conduzida ao Tribunal Judicial de Monção.
O pai da criança também foi ouvido pela PJ, mas não ficou detido, tendo inclusive tido autorização para se deslocar a Viseu, de onde é natural, para tratar do funeral da pequena Sara.
A autópsia ao corpo da menina, realizada na quinta-feira, revelou lesões traumáticas significativas «a diversos níveis» que foram responsáveis pela morte da criança. Os três irmãos de Sara foram retirados aos pais, na quinta-feira, e colocados numa família de acolhimento.
A medida foi tomada no sentido de preservar os menores do ambiente que entretanto se gerou em torno da morte de Sara. A informação foi já confirmada pelo próprio ministro do Trabalho da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva
.

Fonte: http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=756566

Que tristeza…

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Crianças Maltratadas...


Porque haveremos nós de nos lamentar, se chegamos a casa cansados do trabalho, depois de um dia de stress, aborrecidos com as filas de trânsito, blá, blá, blá, blá , blá, blá… se estamos em família, ligamos a TV(*) ao jantar e vimos notícias destas?!



- CRIANÇA MORRE POR ALEGADOS MAUS-TRATOS

Uma menina com cerca de dois anos e meio morreu, esta quarta-feira, em Monção, alegadamente vítima de maus-tratos. Os pais asseguram que a menina caiu das escadas, ainda passou a noite bem e comeu de manhã e, só depois do pequeno-almoço, se sentiu mal. Foi então que a mãe a terá conduzido ao Centro de Saúde, onde assegura que a menina deu entrada com vida.
A versão dos médicos que atenderam a pequena Sara é bem diferente. Dizem que a menina já deu entrada no Centro de Saúde morta e desconfiam da natureza das lesões que apresentava, pelo que chamaram a GNR. O caso foi comunicado ao Ministério Público, que agora vai aguardar o resultado da autópsia para agir.
A família reside em Monção desde Setembro. Já há cerca de 15 dias, a educadora responsável por Sara tinha alertado a Assistência Social para alegados maus-tratos à menina. A comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Monção decidiu promover uma avaliação do estado de Sara e dos três irmãos, que estava prevista para esta quinta-feira.
De acordo com o «Jornal de Notícias», já em Viseu, onde residia a família antes de se mudar para Monção, os pais estavam a ser acompanhados por alegada falta de cuidados de higiene e má alimentação.


- BEBÉ MORRE POR ALEGADOS MAUS-TRATOS

A família em causa, com quatro filhos menores, já estava referenciada na Comissão de Protecção de Menores há cerca de quinze dias, depois de uma das filhas do casal ter aparecido na creche com alguns hematomas.
Para amanhã estava marcada uma consulta de avaliação da menina com dois anos de idade, mas o pior desfecho antecipou-se e durante a amanhã de hoje a criança deu entrada no Centro de Saúde de Monção já sem vida. A menina foi levada pelos pais e apresentava indícios de maus-tratos.
Segundo a GNR do destacamento de Viana do Castelo, a menina foi vítima de alegados maus-tratos. O caso foi participado ao Ministério Público e o corpo da criança foi levado para o Instituto de Medicina Legal.
A menina de dois anos vivia com os pais e outros três irmãos, na Quinta da Oliveira, em Mazedo, Monção.

Só no primeiro trimestre de 2006, perto de cem crianças foram vítimas de maus-tratos em Portugal, os números são da associação portuguesa de apoio à vítima
AUTÓPSIA CONFIRMA MAUS-TRATOS - A BEBÉ APRESENTAVA LESÕES TRAUMÁTICAS NO CRÂNIO, TÓRAX E ZONA ABDOMINAL
A criança de dois anos que deu entrada esta quarta-feira, no centro de saúde de Monção, morreu vítima de maus-tratos.
Esta é a conclusão da autópsia realizada esta quinta-feira à tarde que revelou que a bebé apresentava lesões traumáticas significativas no crânio, tórax e zona abdominal.
O relatório do Instituto de Medicina Legal de Viana do Castelo acrescenta ainda que foram detectadas lesões antigas que sustentam a tese de maus-tratos infligidos à menor.
Apesar destes primeiros exames sustentarem as suspeitas de maus-tratos, ainda terão de ser confrontados com a versão dos pais da menor, que apontam como causa da morte duas quedas que a criança terá dado nas escadas de casa, em Monção.
Ainda assim, e tendo em conta os resultados da autópsia, o Ministério da Segurança Social já mandou retirar à família os três irmãos da menina. As crianças foram entregues provisoriamente a uma família de acolhimento.
O funeral da menor está marcado para sexta-feira.
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social garante que já está a decorrer uma investigação para apurar todas as responsabilidades. Durante várias horas a mãe da pequena Sara foi interrogada pela Polícia Judiciária, no infantário onde a filha andava.
Depois Isabel Silva foi conduzida por dois elementos da Polícia Judiciária até ao Tribunal de Monção para mais diligências.
O pai da criança foi deixado em liberdade após o interrogatório.



MAUS-TRATOS – 100 MIL CRIANÇAS EM RISCO EM PORTUGAL


Daniel Carvalho tinha seis anos era surdo profundo e deficiente motor. Foi encontrado pela mãe em casa, já sem vida. O padrasto foi condenado a 12 anos de cadeia. O Daniel foi um dos últimos casos de maus-tratos conhecidos no país, corria o mês de Setembro de 2005.
Mas o cenário negro repete-se de norte a sul. Em Maio de 1988, uma criança, também de seis anos, morreu à fome em Leiria. Só dezoito anos depois, o caso foi julgado e a mãe da criança condenada.
Em Setembro de 2004, a povoação de Figueira, no Algarve, vive semanas dramáticas. Um caso ainda hoje com contornos desconhecidos. Joana tinha nove anos quando desapareceu de casa. A investigação arrastou-se durante meses, sem que o corpo aparecesse. A mãe e o tio da criança foram condenados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Menos de um ano depois, no Porto, Vanessa, com cinco anos, é encontrada a boiar no rio Douro. A criança fora queimada com um ferro no bairro do Aleixo. A avó e o pai foram presos.
Em Almada, em Março, uma criança de três anos morre vítima de lesões internas graves. Foi agredido por uma ama e pelo marido. De acordo com os próprios, a agressão aconteceu porque o menino não parava de chorar.
A cada cara junta-se um nome e o sofrimento de uma criança. Estes são alguns dos casos, porque a lista continua.



Não se lamentem amiguinhos… este mundo anda virado às avessas!!!


quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Para LER, RELER e REFLECTIR...O Pai Moderno


O pai moderno, muitas vezes perplexo, aflito, angustiado, passa a vida inteira correndo atrás do futuro e se esquecendo do agora. Na luta para edificar este futuro, ele renuncia ao presente. Por isso, é um homem ocupado, sem tempo para os filhos, envolvido em mil actividades — tudo com o objectivo de garantir o seu amanhã.
É com que prazer e orgulho, a cada ano, ele preenche sua declaração de bens para o Imposto de Renda. Cada nova linha acrescida foi produto de muito esforço, muito trabalho. Lote, casa, apar­tamento, sítio — tudo isso custou dias, semanas, meses de luta. Mas ele está sedimentando o futuro da sua família. Se ele parte um dia, por qualquer motivo, já cumpriu sua missão e não vai deixar ninguém desamparado.
E para ir escrevendo cada vez mais linhas na sua relação de bens, ele não se contenta com um emprego só — é preciso ter dois ou três; vender parte das férias, em vez de descansar junto à família; levar serviço para fazer em casa, em vez de ficar com os filhos; e é um tal de viajar, almoçar fora, discutir negócios, marcar reuniões, preencher a agenda — afinal, ele é um executivo dinâmico, faz parte do mundo competitivo, não pode fraquejar.
No entanto, esse homem se esquece de que a verdadeira declaração de bens, o valor mais alto, aquele que efectivamente conta, está em outra página do formulário do Imposto de Renda — mais precisamente, naquelas modestas linhas, quase es­condidas, onde se lê “relação dos dependentes”. Aqueles que dependem dele, os filhos que ele colo­cou no mundo e a quem deve dedicar o melhor de seu tempo.
Os filhos são novos demais, não estão interes­sados em lotes, casas, salas para alugar, aumento da renda bruta — nada disso. Eles só querem um pai com quem possam conviver, dialogar, brincar. Os anos vão passando, os meninos vão crescendo, e o pai nem percebe, porque se entregou de tal forma ao trabalho - vulgo construção do futuro - que não viveu com eles, não participou de suas pequenas alegrias, não os levou ou buscou no co­légio, nunca foi a uma festa infantil, não teve tem­po para assistir à coroação da menina — pois um executivo não deve desviar sua atenção para essas bobagens. São coisas de desocupados.

Há filhos órfãos de pais vivos, porque estão “entregues” - o pai para um lado, a mãe para c outro, e a família desintegrada, sem amor, sem diálogo, sem convivência. E é esta convivência que solidifica a fraternidade entre os irmãos, abre seu coração, elimina problemas, resolve as coisas na base do entendimento.
Há irmãos crescendo como verdadeiros estra­nhos, porque correm de um lado para o outro o dia inteiro — ginástica, natação, judô, balé, aula de música, curso de Inglês, terapia, lição de piano, etc. — e só se encontram de passagem em casa, um chegando, o outro saindo. Não vivem juntos, não saem juntos, não conversam — e, para ver os pais, quase é preciso marcar hora.

Depois de uma dramática experiência pessoal e familiar vivida, a única mensagem que tenho para dar — e que tem sido repetida exaustivamente em paróquias, encontros familiares, movimentos e entidades — é esta: não há tempo melhor aplicado do que aquele destinado aos filhos.
Dos 18 anos de casado, passei 15 anos correndo e trabalhando, absorvido por muitas tarefas, envolvido em várias ocupações, totalmente entregue a um objetivo único e prioritário: construir o futuro para três filhos e minha mulher. Isso me custou longos afastamentos de casa, viagens, estágios, cursos, plantões no jornal, madrugadas no estúdio da televisão, uma vida sempre agitada, atarefada, tormentosa, e apaixonante na dedicação à profissão escolhida — que foi, na verdade, mais importante do que minha família.
E agora, aqui estou eu, de mãos cheias e de coração aberto, diante de todos vocês, que me conhecem muito bem. Aqui está o resultado de tanto esforço: construí o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda do Luiz Otávio.
De que valem casa, carros, sala, lote, e tudo o mais que foi possível juntar nesses anos todos de esforço, se ele não está mais aqui para aproveitar isso com a gente?
Se o resultado de 30 anos de trabalho fosse consumido agora por um incêndio, e desses bens todos não restasse nada mais do que cinzas, isso não teria a menor importância, não ia provocar o menor abalo em nossa vida, porque a escala de valores mudou, e o dinheiro passou a ter um peso mínimo e relativo em tudo.
Se o dinheiro não foi capaz de comprar a cura e a saúde de um filho amado, para que serve ele? Para que ser escravo dele?
Eu trocaria — explodindo de felicidade — todas as linhas da declaração de bens por uma única linha que eu tive de retirar, do outro lado da folha: o nome do meu filho na relação dos dependentes. E como me doeu retirar essa linha, na declaração de 1983, ano-base de 82.
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Fonte: Fraga, Hélio - jornalista - (1987). "Família, último lugar?". Edições Paulinas, 3ª Edição.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Divulgo... Ajudem a Ajudar - Associação Abraço



Divulgo este e-mail que recebi:


A associação 'Abraço' recebeu 30 meninos com HIV. Estamos a necessitar de roupa para rapariga (qualquer idade) e para rapaz (precisamos dos 6 aos 14 anos) para este projecto (trinta crianças a cargo).

Se quiserem colaborar por favor contactem:
Maria José Magalhães

Telef.: 217997500 - (Associação 'Abraço')

223756655 - VILA NOVA DE GAIA

800225115 - LINHA AZUL

Se não puderem ajudar pelo menos passem a mensagem para os vossos contactos, por favor, não custa nada e pode fazer a diferença.

OBRIGADA!

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Noite de Natal: Ministro com os Sem-Abrigo

O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, afirmou hoje, durante uma ceia de Natal para pessoas sem-abrigo, em Lisboa, que «há um conjunto alargado de políticas para auxílio a situações de emergência social».
José António Vieira da Silva compartilhou hoje uma ceia de Natal com centenas de pessoas sem-abrigo e/ou carenciadas, numa cantina da Universidade de Lisboa, em resposta a um convite da Comunidade Vida e Paz, instituição ligada à Igreja Católica.
«Fui convidado e aceitei com todo o gosto o convite», disse Vieira da Silva aos jornalistas, antes de lhe ser servida uma tradicional refeição de caldo verde e bacalhau com batatas e legumes.
Questionado sobre que medidas existem para apoiar os sem-abrigo e/ou pessoas carenciadas, o ministro Vieira da Silva referiu que «há um conjunto alargado de políticas para auxílio a situações de emergência social, em grande parte realizado por organizações da sociedade civil com apoio governamental».
«É bom lembrar que funciona, há cinco anos e 24 horas por dia, uma linha nacional de emergência social, o 144, para apoiar as situações de fragilidade. Os casos depois são encaminhados para instituições públicas e privadas, que procuram dar a resposta mais adequada», realçou o governante.
Antes da ceia de Natal, o cardeal patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo, rezou uma missa e proferiu uma homilia no local, tendo apelado à necessidade de a sociedade e os poderes públicos apoiarem cada vez mais as pessoas carenciadas.
Um antigo carpinteiro, de cerca de 50 anos, que saboreou hoje a ceia de Natal proporcionada pela Comunidade Vida e Paz, disse à agência Lusa que «muitas pessoas que estão aqui não necessitam deste jantar nem da oferta de roupas».
«Está aqui uma centena de tipos sem-abrigo, conheço todos ou quase todos. O resto não são, muitos nem precisam de aqui vir. Aproveitam-se». Questionado por que vive na rua, disse que está doente e não pode trabalhar.
«A Misericórdia de Lisboa paga pensões a africanos e a ucranianos, nas Amoreiras, mas a mim, que sou português, mandaram-me para um centro de acolhimento em Xabregas, onde tinha que dormir com drogados, com seringas e muita porcaria», queixou-se o antigo carpinteiro.
«Saí do centro de Xabregas, porque não aguentava aquilo. Prefiro dormir na rua, no meu sossego. A Comunidade Vida e Paz e a AMI (Assistência Médica Internacional) vão-me ajudando. É assim que vivo, mas longe de drogados e seringas», acrescentou.
A propósito desta época festiva, a Comunidade Vida e Paz proporcionou refeições e ofereceu roupa e agasalhos a pessoas sem-abrigo e/ou carenciadas durante três dias.
O padre Carlos Azevedo, representante do Patriarcado de Lisboa na Comunidade Vida e Paz, disse à Lusa que na sexta-feira foram proporcionadas 500 refeições, sábado 700 e hoje cerca de mil, servidas por 600 voluntários nos três dias, alguns deles militares do Exército.
As refeições foram confeccionadas por cozinheiros do Exército, mas os géneros foram oferecidos à Comunidade Vida e Paz por «uma lista interminável de bem-feitores, desde empresas a particulares», explicou à Lusa Fátima Cruz, coordenadora da instituição.
Hoje foi proporcionado uma ceia de Natal, com caldo verde e bacalhau com batatas e legumes, enquanto no sábado a refeição foi canja e frango com massa e na sexta-feira sopa de legumes e feijoada.
As refeições foram acompanhadas de animação musical, proporcionada gratuitamente por vários artistas.
Os Bombeiros também colaboraram com a Comunidade Vida e Paz nesta iniciativa natalícia, que se repete há vários anos.




FONTE: http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=752937&div_id=291

sábado, 23 de dezembro de 2006

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Ser Idoso e Ser Velho


Idosa é a pessoa que têm muita idade; velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
A idade causa a degenerescência das células; a velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso, nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
Você é idoso quando se pergunta se vale a pena: você é velho quando sem pensar responde que não.
Você é idoso quando está pronto a correr riscos; você é velho quando corre dos riscos. Você é idoso quando sonha; você é velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende; você é velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando sente amor; você é velho quando só sente ciúme e possessividade.
Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida; você é velho quando todos os dias parecem o último de sua jornada.
O idoso é aquele que têm tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência: é a ponte entre o passado é o presente, como o jovem é a ponte entre o presente e o futuro, e é no presente que os dois se encontram. O velho é aquele que têm carregado o peso dos anos; que em vez de transmitir experiência as gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele não existe ponte, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina, pois enquanto o idoso tem seus olhos postos no horizonte onde o sol desponta e a esperança se ilumina, o velho tem sua miopia voltada para os anos que passaram.
O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega. O velho cochila no vazio de sua vidinha e suas horas se arrastam destituídas de sentido.
As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso; já as do velho foram marcadas pela amargura.


Sou idoso, tenho 73 anos, mas espero nunca ficar velho... José Ricardo

Trabalho de Equipa!

Conta-se que certa vez uma estranha Assembleia teve lugar numa carpintaria.
Foi uma reunião das ferramentas para tirar as suas diferenças.


O martelo assumiu a presidência da reunião, com arrogância.
Entretanto, logo foi exigido que ele renunciasse. O motivo? É que ele fazia ruído demais. Passava o tempo todo golpeando, batendo. Não havia quem aguentasse!


O martelo aceitou a sua culpa, mas exigiu que também fosse retirado da Assembleia o parafuso. É que ele precisava dar muitas voltas para servir para alguma coisa. Com isso, se perdia tempo precioso.


O parafuso aceitou se retirar, desde que a lixa igualmente fosse expulsa. Era muito áspera em seu tratamento. E, além do mais, vivia tendo atritos com os demais.


A lixa se levantou e apontou os defeitos do metro. Ele igualmente deveria sair do local, porque sempre ficava medindo os demais conforme a sua medida. Por acaso, ele estava achando que era o único perfeito?


Enquanto discutiam, entrou o carpinteiro. Colocou o avental e iniciou, feliz, o seu trabalho. Tomou a madeira e usou o martelo, o parafuso, a lixa e o metro.
Depois de algumas horas, a madeira grossa e rude do início tinha se transformado em um lindo móvel.
Ele contemplou a sua obra, elogiou e saiu da carpintaria. Bastou fechar a porta, para as ferramentas retomarem a discussão.


Contudo, o serrote com calma falou: Senhores, foi demonstrado que todos temos defeitos. Mas também pudemos observar, nas últimas horas, que todos temos qualidades. Foi exactamente com as nossas qualidades que o carpinteiro trabalhou e conseguiu criar uma obra de arte, um móvel muito bem acabado.
Então, todos concordaram que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para afinar e limar a aspereza. O metro era preciso, exacto em suas medidas. Sentiram-se como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram-se felizes com seus pontos fortes e por trabalharem juntos.

Quando buscamos pequenos defeitos nos demais, a situação se mostra negativa e tensa. Ao buscar perceber os pontos positivos dos outros, é quando florescem os melhores lucros para as relações dos seres humanos.
Encontrar qualidades é, portanto, uma tarefa a que nos devemos dedicar, pois ela é capaz de inspirar todos os êxitos humanos.




Autor desconhecido

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Gostava de vos dizer algo...


Quando criei o meu blog (primeira postagem), estava longe de imaginar que iria dedicar este espaço a matérias de interesse ao serviço social, mas… foi acontecendo!

Engrenei de tal forma que, hoje é um vício cada postagem – mesmo com o escasso tempo que tenho para me dividir nos afazeres e na passagem diária na Internet.

Por vezes, sinto a necessidade de colocar textos ou artigos mais elaborados, esclarecedores e essênciais ao conhecimento do serviço social noutras áreas que não a da Terceira Idade. Contudo o escasso tempo que já referi, tira-me essa possibilidade.

Neste sentido, peço e agradeço a colaboração dos meus “fiéis“ leitores/cibernautas, para que, conjuntamente, possamos fazer crescer o/a (In)Formação Social! Para tal, pedia, então, o vosso contributo com textos, documentos, link´s interessantes, curiosidades, estudos, divulgações ou outras coisas que sejam úteis e referências ao serviço social ou aos profissionais sociais – é só enviar para
tania_santos_rodrigues@hotmail.com .
ATENÇÃO: Alerto para o rigor das fontes bibliográficas!

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Madre Teresa de Calcutá


Madre Teresa de Calcutá (Agnes Gonxha Bojaxhiu) disse:

“O que você passou anos construindo, alguém pode destruir da noite para o dia. Construa assim mesmo."


"O bem que você faz hoje muitas vezes é esquecido pelas pessoas amanhã. Faça-o assim mesmo."


"O amor é a fruta da época de todas as estações e está ao alcance de cada mão. Qualquer um pode colhê-lo, sem limites estabelecidos."


"A raiz de todos os males é o egoísmo."


"As palavras de Jesus: Amem uns aos outros como eu vos amei não devem ser apenas uma luz para nós, mas uma chama que arda dentro de nós."


"A primeira necessidade? Comunicar-se."


"Para manter uma lamparina acesa, temos de ficar colocando óleo dentro dela."


"Os animais foram criados pela mesma mão caridosa de Deus que nos criou... É nosso dever protegê-los e promover o seu bem-estar."


"Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor."


"Não podemos fazer grandes coisas na terra. Tudo o que podemos fazer são pequenas coisas com muito amor."

Manual de Qualidade Para o Centro de Dia

Porque não relembrar conceitos e práticas?!
Em prol de uma intervenção coerente e efectiva, este Manual revela-se uma boa referência aos profissionais sociais.

Disponível em: http://www.socialgest.pt/_dlds/manualQUALCentroDia.pdf

domingo, 17 de dezembro de 2006

Pensamento...na Época Natalícia...


“Não confundas o amor com o delírio da posse,


que acarreta os piores sofrimentos.


Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer.


O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer.


(...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente:


é que ele não pode ser prejudicado.


O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.”



Antoine de Saint-Exupéry, in Cidadela

sábado, 16 de dezembro de 2006

DIVULGO: Mobilização de Assistentes Sociais Desempregados

MOBILIZAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS DESEMPREGADOS
projecto21@gmail.com
www.projecto21-movimento.blogspot.com

15-12-2006

Estimados colegas, a triste realidade que vivem os Assistentes Sociais desempregados só exige solidariedade,mobilização e muita luta.

Pensamos que a nossa profissão merece todo o nosso esforço para defender os direitos básicos junto de quem compete.

Licenciados,mestres e doutores em Serviço Social desempregados nunca se tinha visto com esta dimensão.

Individualmente não conseguiremos nada, pelo que acredito que se em todo o territorio nos organizamos, utilizando os recursos da net, os nossos blogues, conseguiremos fazer ouvir a nossa revolta.

Fico disponível neste endereço para contactos.

Podemos marcar uma grande jornada de mobilização, em Lisboa, Porto ou Coimbra

alfredo henríquez
Fonte: http://www.netcode.pt/bukes/ver_buke.php?bid=4023&page=1 (livro de visitas de serviço social)

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Mensagem de Guerra (MC Ruze)


Sem tir-te nem guar-te, dou por mim, no meu dia a dia, a exclamar, em tom de ironia
“Estamos em Portugal”!
Umas rimas de um Sr. do movimento do hiphop português – MC Ruze -
justificam por si só esta minha “triste” manifestação…

Cá fica o registo:

- Mensagem de Guerra (MC Ruze) -

Centenas de Famílias debaixo do fogo cruzado
Crianças desaparecidas, escombros abandonados
As bombas rebentam sobre todos os telhados
Salve-se quem puder – lema que foi instaurado
Falas só do que ouves, o que vês foi deturpado
Pelos jornais, T.V.´s e também pelo Estado
Afirmam ter visto mais um míssil ser lançado
Podem pensar certo, mas escrevem tudo errado
Falsa democracia no meio da mentira
Não se vive em harmonia, quando vejo hipocrisia
O pão de cada dia, uma lágrima que escorre
Como se fosse magia, é real ou fantasia
A ficção que se vê na televisão
Assusta a população, gera-se a confusão
E aqueles que julgam ser os donos da razão
Criam bairros sociais e provocam uma explosão
É difícil encontrar a solução prá resolução
Problemas relacionados com o estado da nação
Dinheiros do povo resolvem essa questão
Estádios pra campeonatos, são o orgulho da nação
Um ninho de ratos escondido na Assembleia
Só aparece no grande ecrã à terça-feira
Compradores de votos, fazem daquilo uma feira
E os ratos vão caindo todos na ratoeira
Em vez de resolverem, fazem filmes com miúdos
Negócio obscuro que lhes garante o futuro
As crianças já não aprendem a brincar
Quando nascem têm que aprender a disparar
Toda a gente fala nisto, ninguém se preocupa
De quem é a culpa?! É de quem não educa
Há quem erre muito e não sabe pedir desculpa
E a justiça fica muda…

Mensagem de Guerra enviada
Em forma de rima com o poder da palavra
Mensagem de guerra enviada a mensagem
Uma realidade que não é uma miragem

O planeta é alvo de uma guerra social
Onde os capitalistas são os guerreiros do mal
O planeta gira à força, p´la força do capital
Futuro não se vê numa bola de cristal
Se calhar morremos todos antes da guerra acabar
Eu posso imaginar o que estás a pensar
Queres saber o dia de amanhã?! Tens que pagar!
Aqueles que falam do futuro, só vos ´tão a enganar
Por isso o guito vai destruindo o planeta a pouco e pouco
O sossego foi trocado por uma mundo estranho e louco
A informação desvia-se para outro assunto
Para nos fazer esquecer do resto do mundo
A fome ataca apenas o carenciado
O ministro fala bem, mas qualquer dia fica gago
Já ninguém faz caso do caso “Apito Dourado”
Foi abafado pelo dinheiro camuflado
E quando a cena aperta, todos fogem a correr
Mas neste mundo imenso ninguém se pode esconder
Quem tudo quer tudo perde, assim vai acontecer
Toda a gente quer à força aquilo que não pode ter
Digam-me onde estão os direitos da liberdade
Quando quase toda a gente é fã da puta da vaidade
Digam-me onde posso encontrar a serenidade
Encarem a verdade com mais seriedade
O consumismo é um sistema envenenado
Como o Estado que consome e deixa o povo enterrado
O nosso povo é que é nobre e valente
A mensagem ficará gravada na vossa mente
A raiz ficará nem que seja só na alma
Falta nervosos passarem a ter mais calma
Depois disto, então, a mente fica salva
Parece que este planeta nem ata nem desata

Mensagem de Guerra enviada
Em forma de rima com o poder da palavra
Mensagem de guerra enviada a mensagem
Uma realidade que não é uma miragem


MCRUZE (Letra)
PM – Pedro Miguel (Música)


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Podem ouvir a música em:
http://www.clinicadosom.com/ Vale a pena!
Ou mesmo…
Dar uma olhadela no blog deste MC português: http://mcruze.blogspot.com/2006/05/flow-fest.html

A Sexualidade Envelhece, Não Morre!


Engane-se quem pensa que os idosos não têm capacidade fisiológica que lhes permita dar prossecussão à sua vida sexual, ou que os mesmos não detêm de interesses e desejos sexuais, ou ainda que a actividade sexual é prejudicial para a saúde do idoso! Estas são crenças e ideias completamente erradas e que nos levam a perceber que a sexualidade dos idosos, não é culturalmente bem aceite, preferindo-se ignorar esta realidade em detrimento das aspirações da população mais velha.
Segundo Merleau Ponty (1975) um ser humano sem sistema sexual, é tão incompreensível quanto um ser humano sem pensamento, logo se queremos conhecer a pessoa idosa na sua plenitude, teremos que (re)conhecer a sua sexualidade nos seus atributos e limitações, já que, de acordo com o mesmo autor, a sexualidade é todo o nosso ser.
Urge a compreensão das causas de diminuição da actividade sexual nos idosos, aliadas indubitavelmente às mudanças biológicas e psicossociais por que, tanto o homem, como a mulher idosa passam e que são alvo de más interpretações, conduzindo à incompreensão e, em casos mais extremos, à própria exclusão social.
Destarte, factores como a (in)capacidade e (des)interesse do companheiro ou cônjuge, os efeitos colaterais de medicamentos, os problemas de impotência no homem ou dispareunia na mulher, ou ainda a perda de privacidade (muitas vezes motivada pela coabitação com os filhos ou vivência em instituições), podem comprometer de todo a actividade sexual e o estado de saúde da pessoa idosa.
Destaca-se, assim, o envelhecimento fisiológico e as disfunções sexuais que acarreta, para perceber a diminuição da actividade sexual. No caso do homem idoso, verifica-se uma preocupação excessiva pelas mudanças fisiológicas da sua sexualidade, o que pode levar a uma excessiva ansiedade. Poder-se-á dizer que o interesse ou desejo sexual, manifesta-se mais do que a própria actividade sexual. Por oposição, a mulher idosa, preocupa-se menos com a função sexual , existindo um declínio do interesse e desejo sexual, e preocupa-se mais com a perda do aspecto juvenil e da estética.
No mesmo molde, também as alterações do envelhecimento no próprio aparelho genital, influem decisivamente neste campo. No aparelho genital masculino, a erecção pode tornar-se mais flácida, o alcançar do orgasmo demora mais tempo, a ejaculação é retardada, o número de erecções diminui, bem como aumenta o período refractário. No aparelho genital feminino, vive-se a menopausa, os ovários diminuem de tamanho, o útero regride ao tamanho pré-púbere, o endométrio e a mucosa do colo uterino atrofiam-se, a vagina encontra-se mais curta e menos elástica, a lubrificação vaginal diminui e diminui também a fase orgásmica.
Por outro lado e como supra-referido, existem também factores psicossociais que têm influência determinante na evolução da sexualidade da pessoa idosa: a falta de parceiro sexual (desencadeado muitas vezes pelo estado de viúvez); a vivência de relações insatisfatórias e/ou conflituosas; a existência de condições físicas debilitadas; as dificuldades económicas e/ou sociais; o medo ou receio de não conseguir ter relações sexuais ou não proporcionar prazer e a ansiedade que daqui subjaz; a atitude dos seus familiares (nomeadamente os filhos), da própria sociedade ou até dos funcionários das instituições direccionadas para a terceira idade... entre muitos outros aspectos.
Em síntese, parece claro que as características psicológicas, sociais e culturais, são determinantes na função sexual da pessoa idosa, bem como a (in)formação da sociedade nesta temática, se demarca como crucial para a compreensão da sexualidade como uma das actividades que mais contribuem para a qualidade de vida deste grupo da população.
Não obstante a taxa de disfunções sexuais aumentar com a idade, uma parcela significativa da população idosa, sente-se e é capaz de ter relações sexuais bastante satisfatórias, nesta fase da vida.
A informação aos utentes, sobre as alterações da resposta sexual normais do envelhecimento, torna-se uma necessidade para que os mesmos idosos se possam ajustar a estas modificações, de forma a manter a sua vida sexual gratificante.
No fundo, disseca-se a máxima: “quantidade não é sinónimo de qualidade”!


Tânia Santos Rodrigues
Dezembro/2004

sábado, 9 de dezembro de 2006

LEGISLAÇÃO - Violência Doméstica


II Plano Nacional Contra a Violência Doméstica
Combater a violência doméstica é combater um fenómeno que contraria os princípios fundamentais do Estado de direito, a que urge pôr termo. É esse o principal objectivo deste II Plano Nacional contra a Violência Doméstica

Lei n.º 61/91 de 13 de Agosto
Garante protecção adequada às mulheres vítimas de violência

Resolução do Conselho de Ministros n.º 55/99
Plano Nacional Contra a Violência doméstica

Resolução da Assembleia da República n.º 31/99 de 14 de Abril
Regulamentação da legislação que garante protecção às mulheres vítimas de violência

Lei n.º 107/99 de 03 de Agosto
Criação da rede pública de casas de apoio a mulheres vítimas de violência

Lei n.º 129/99 de 20 de Agosto
Aprova o regime aplicável ao adiantamento pelo Estado da indemnização devida às vítimas de violência conjugal

Resolução da Assembleia da República n.º 7/2000 de 26 de Janeiro
Concretização de medidas de protecção das vítimas de violência doméstica

Resolução da Assembleia da República n.º 16/2000 de 06 de Março
Aprova para ratificação a Convenção Europeia para Indemnização de Vítimas de Infracções Violentas

Decreto do Presidente da República n.º 4/2000 de 06 de Março
Ratifica a Convenção Europeia Relativa à Indemnização de Vítimas de Infracções Violentas, aberta à assinatura dos Estados membros do Conselho da Europa em Estrasburgo em 24 de Novembro de 1983

Lei 7/2000 de 27 de Maio
Alteração ao Código Penal e Código de Processo Penal, reforçando as medidas de protecção a pessoas vítimas de violência

Decreto-Lei n.º 323/2000 de 19 de Dezembro
Regulamenta a Lei n.º 107/99, de 3 de Agosto, que estabelece o quadro geral da rede pública de casas de apoio às mulheres vítimas de violência

Fonte: http://www.violencia.online.pt/

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Jornadas sobre o ABORTO - 11.Jan.2007 - Mangualde

Jornadas sobre o Aborto - "Porque ser Mãe começa no coração... e quando o Aborto acontece?", a realizar no dia 11 de Janeiro 2007, no Auditório do Complexo Paroquial de Mangualde, através da Associação Projecto Artémis.


Programa
9h00 - Abertura do secretariado
9h15 - Sessão Solene de Abertura
Coordenador da Sub-Região de Saúde de Viseu
Director do Centro de Saúde de Mangualde
Presidente do Conselho Directivo da ESSV
Enfermeiro Chefe do Centro de Mangualde
Dr.ª Sandra Cunha (Projecto Artémis)
Presidente da Câmara Municipal de Mangualde
Padre António Lobinho
9h30 - "E quando o sonho se (des)faz. O casal e a gravidez - idealização do filho" Moderador: Prof. Doutora Manuela Ferreira
Dr.ª Sofia
Enfermeira Cristina Vicente
"Abortamento: aspectos clínicos"
Prof. Paula Nela
Dr. António Portugal
10h30 - Intervalo para café
11h00 - "Abortamento: Narrar, Acolher e Orientar" Moderador: Enf.ª Isabel Loureiro
Abortamento espontâneo: Narrativa na primeira pessoa (Pessoa a confirmar)
Humanização, integridade e dignidade no atendimento de urgência à mulher em processo de abortamento - Enfermeira Manuela Bento
12h30 - Almoço de trabalho
14h30 - "Abortamento: Implicações na vida da mulher/casal/família" Moderador: Enfermeiro Fernando Júlio Pinto
Dr.ª Sandra Cunha (Projecto Artémis)
16h00 - Apresentação dos posteres
17h00 - Encerramento dos Trabalhos


Ficha de Inscrição através do e-mail projecto.artemis@iol.pt (com referência no assunto "Jornadas").
Preço (almoço incluído):
- Público em geral: 25,00€
- Estudantes: 15,00€
- Associadas Artémis: 15,00€

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Prevenção de Acidentes Domésticos com Idosos


A coabitação com pessoas idosas, pode trazer preocupações e problemas na garantia da sua segurança dentro de casa.
Pequenas mudanças no seio familiar, sem gastos elevados, poderão tornar a casa mais segura para todos!

A PREVENÇÃO de Acidentes, pode evitar este risco na Terceira Idade.



Neste link, poderá conhecer pequenas mudanças em cada um dos ambientes da casa que poderão marcar diferença na prevenção:

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Berçários na Luta Contra o Abandono de Bébés na Rua



A Secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, considera a existência de berçários especiais em hospitais/maternidades onde as mães possam deixar os seus filhos, a título de abandono e sob anonimato, uma resposta de emergência face ao abandono de bébés que se tem verificado em Portugal.
O exemplo da Alemanha, pode ser referência, se pensarmos que neste país, existem berçários há cerca de seis anos para evitar o abandono de bebés na rua.

Vamos lá ver Sr.ª Secretária de Estado!

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

De Malas e Bagagem...


De malas e bagagem, irei para o sul durante 3 dias!

Até lá e... fiquem bem!

Referendo sobre ABORTO - 11.Fevereiro.2007


O nosso Presidente da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva, apela à consciência dos portugueses e convoca referendo sobre o aborto para 11 de Fevereiro de 2007.
Assim, neste dia lá estaremos todos para responder à pergunta: «Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?», questão esta, aprovada pelo Tribunal Constitucional.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Despenalização do Aborto - "Médicos pela Escolha"



Médicos, Psicólogos e Enfermeiros unem-se pela luta do “SIM” à despenalização da interrupção voluntária da gravidez, durante as primeiras 10 semanas.
Os profissionais da saúde que criaram um movimento denominado “ Médicos pela Escolha”, a favor da despenalização do aborto, exigem debate aberto à comunidade e mudanças na lei actual.

Está aberta a discussão!


Fonte: http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=746440



Ironia ou não, a mesma fonte noticia o aparecimento de um bebé recém-nascido, dentro de um saco térmico, encontrado por populares em cima de um muro e… imagine-se, ainda com cordão umbilical e placenta.
Pois…

Há Mãos... e Mãos...


Há mãos...e mãos...!
Mãos
Há mãos que sustentam e mãos que abalam.
Mãos que limitam e mãos que ampliam.
Mãos que denunciam e mãos que escondem os denunciados.
Mãos que se abrem e mãos que se fecham
Há mãos que afagam e mãos que agridem.
Mãos que ferem e mãos que cuidam das feridas.
Mãos que destroem e mãos que edificam.
Mãos que batem e mãos que recebem as pancadas por outros
Há mãos que apontam e guiam e mãos que desciam.
Mãos que são temidas e mãos que são desejadas e queridas.
Mãos que dão arrogância e mãos que se escondem aos dar.
Mãos que escandalizam e mãos que apagam os escândalos.
Mãos puras e mãos que carregam censuras.
Há mãos que escrevem para promover e mãos que escrevem para ferir.
Mãos que pesam e mãos que aliviam.
Mãos que operam e que curam e mãos--arguram".
Há mãos que se apertam por amizade e mãos que se empurram por ódio.
Mãos furtivas que traficam destruição e mãos amigas que desviam da ruína.
Mãos finas que provam dor e mãos rudes que espalham amor.
Há mãos que se levantam pela verdade e mãos que encarnam a falsidade.
Mãos que oram e imploram e mãos que " devoram" .
Mãos de Caim que matam.
Mãos de Jacó que enganam.
Mãos de Judas que entregam.
Mas há também as mãos de Simão, que carregam a cruz, e as mãos de Verônica, que enxugam o rosto de Jesus.
Onde está a diferença ?
Não está nas mãos, mas no coração
É na mente transformada que dirige a mão santificada, delicada.
É a mente agradecida que transforma as mãos em instrumentos de graça.
Mãos que se levantam para abençoar,
Mãos que baixam para levantar o caído,
Mãos que se estendem para amparar o cansado.
São como as mãos de Deus que criam, que guiam,
que salvam; que nunca faltam.
Existem mãos ... e mãos ...
As tuas, quais são ?De quem são ?Para que são ?



Fonte: http://www.ctoc.pt/

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Homenagem a Rachel Corrie - Justiça e Paz







Esta apresentação serve como meio para não esquecer esta jovem pacifista e a sua coragem face à injustiça palestiniana.
Actualmente criou-se um grande movimento contra as guerras no mundo. Rachel Corrie é certamente o símbolo desse movimento, brutalmente morta por causa dessas guerras que tentamos parar.
Pede-se unicamente que se faça seguir esta mensagem a um máximo de pessoas, em memória desta jovem e de suas ideias e em memória aos numerosos mortos do conflito entre israelitas e palestinianos.
Devemos continuar a lutar afim de encontrar uma solução pacifista e duradoura.

(tradução portuguesa: José Figueiredo Dias – Lisboa/Portugal)



domingo, 26 de novembro de 2006

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS - Acolhimento Residencial das Pessoas Mais Velhas


O Grupo CID é o autor deste Manual, editado em Lisboa pelo Instituto da Segurança Social, I.P. em 2005, que teve como base um estudo qualitativo às estruturas residenciais para pessoas idosas, no âmbito do plano de auditoria social e acompanhamento da protecção de menores, idosos e deficientes da Segurança Social, determinante para a concepção das Boas Práticas nele contidas. Pretende ser, assim, um instrumento útil de trabalho para dirigentes, responsáveis, colaboradores, residentes e seus familiares.

Estrutura-se em três partes. A primeira parte intitula-se: Organização de pessoas para pessoas, e engloba quatro temas – O que nos orienta; Direitos, princípios e valores do cuidar; Representação da pessoa idosa em situação de incapacidade; Projecto institucional. A segunda parte, intitula-se: Mudar de casa, mudar de vida?, dividindo-se em três temas – A escolha, o contrato, a chegada; Viver e conviver; Quando algo corre mal. E a terceira parte intitula-se: Organizar a casa, englobando quatro temas – As pessoas que trabalham na casa; Espaços e documentos; Reflectir para melhorar; Inspecção e fiscalização. Por fim, apresentam-se uma bibliografia e anexo com fichas de ocorrência de incidentes e avaliação.


Publicado em versão papel e CD-ROM, pode agora descarregá-lo no Portal ADVITA
( http://www.advita.pt/download.php?89469eb03f5b00f32da1c44f0841ad08 )

ALERTA: Câncro da Mama



Uma pessoa minha amiga, enviou-me este e-mail de alerta à comunidade, pelo que não posso deixar de o publicar no meu Blog.
PEÇO: NÃO VIREM AS COSTAS A ESTE ALERTA... DIVULGUEM!


ESTA MENSAGEM FOI ENVIADA POR UMA BIOQUÍMICA URUGUAIA, IDENTIFICADA ABAIXO.


Há algum tempo fui a um seminário sobre Câncer de Mama, conduzido por Terry Birk, com o apoio de Dan Sullivan.
Durante os debates, perguntei porque a área mais comum para desenvolver tumores cancerígenos no peito é perto da axila.
A minha pergunta não pôde ser respondida na hora.
Esta informação foi-me enviada recentemente e alegro-me que a pergunta teve resposta.
Transmiti a uma amiga que está a fazer quimioterapia e ela comentou que também estava inteirada dessa informação através de um grupo de apoio que está a frequentar.
Agora quero compartilhar a informação convosco.
A principal causa de câncer de mama é o uso de anti-transpirantes!
Sim, ANTI-TRANSPIRANTES !
A maioria dos produtos no mercado são uma combinação de anti-transpirantes / desodorizantes.
Verifiquem as etiquetas.
Desodorizante está bem, anti-transpirante, não.
A concentração das toxinas provoca a mutação das células: CÂNCER.


Eis aqui a razão: O corpo humano tem só algumas áreas por onde eliminar as toxinas: atrás dos joelhos, atrás das orelhas, na área das virilhas e as axilas.
As toxinas são eliminadas com a transpiração.
Os anti-transpirantes, como seu nome claramente diz, evitam a transpiração; portanto, inibem o corpo de eliminar as toxinas através das axilas.
Estas toxinas não desaparecem magicamente; ao contrário, o corpo as deposita nas glândulas linfáticas que se encontram debaixo dos braços, na medida em que não saem pelo suor.
A maioria dos tumores cancerígenos do seio, ocorrem neste quadrante superior da área da mama. Precisamente onde se encontram as glândulas.
Nos homens parece ocorrer em menor proporção, mas não estão isentos de desenvolver câncer de mama por causa dos anti-transpirantes. A diferença está que os anti-transpirantes usados pelos homens não são aplicados diretamente sobre a pele; ficam, em grande parte, nos pêlos axiais.
As mulheres que aplicam anti-transpirantes logo após rasparem as axilas, aumentam o risco devido a minúsculas feridas e irritações da pele, que fazem com que os componentes químicos nocivos penetrem mais rapidamente no corpo.


Por favor, passem esta mensagem a todas as pessoas. O câncer da mama está-se a tornar tremendamente comum, e esta advertência pode salvar algumas vidas.


Usem desodorizantes, nunca anti-transpirantes.


FAVOR DIVULGAR PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS, POR TODOS OS MEIOS DISPONÍVEIS.
MSc. GABRIELA CASANOVA LARROSA,

Profa. Assistente Dpto. de Biologia Celular e Molecular.

Faculdade de Ciências

sábado, 25 de novembro de 2006

SER SOLIDÁRIO... é o que dá!


No recente julgamento da Maia, além de dezassete mulheres e vários outros cidadãos, foi envolvido um Assistente Social da cidade do Porto, cuja actividade profissional tem sido desenvolvida numa das freguesias de maior concentração de problemas sociais.
Entendeu a justiça condenar este nosso colega, em contexto de um julgamento que tem merecido uma viva controvérsia (a nível nacional e internacional) e que veio recolocar o debate sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
Como Assistentes Sociais, o nosso saber é, em grande medida, feito na experiência de trabalho com populações em situação de exclusão social, pessoas para quem as incertezas da vida são mais abundantes do que as garantias e que, desde logo, pelas condições de vida para que a sociedade as remete, são “pessoas em risco” do ponto de vista dos comportamentos do quotidiano, que a mesma sociedade penaliza.
Sabemos e podemos atestar que a resolução de problemas da vida do dia-a-dia que obrigam as pessoas a escolher entre o legal e o legítimo, como o aborto, as confronta com maiores dificuldades objectivas, tornando esses problemas mais severos para a população pobre e excluída.
Sabemos como muitas/os de nós se têm debatido com situações para as quais não está disponível senão a clandestinidade, numa insegurança que arrisca a mutilação e a morte!
Nesta, como noutras situações, a resposta da sociedade está frequentemente muito longe do que seria a resposta justa, solidária e cidadã.
Como Assistentes Sociais, queremos manifestar activa solidariedade com o nosso colega. Com ele vivemos e sentimos os dilemas e encruzilhadas que se colocam a todos os que lutam pela des-marginalização e dão sentido concreto à dignidade humana a tantos negada. Com ele vivemos a injustiça desta punição.
Porto, 23 de Janeiro de 2002
Os Assistentes Sociais

Fonte: http://www.cpihts.com//

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Violência Doméstica


10 mil casos de violência até Setembro
Em quase 50% dos casos a vítima continua a ser a mulher.



"Quase 10 mil casos de violência doméstica foram registados em Portugal, de Janeiro a Setembro de 2006. Nos crimes domésticos, a vítima e o agressor vivem dentro da mesma casa, sendo os maus-tratos físicos e psicológicos os mais comuns.
Os gabinetes de Lisboa, Porto, Cascais e Coimbra da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (APAV) foram os que receberam mais denúncias de violência doméstica. Dados divulgados, esta quinta-feira, revelam que nos primeiros nove meses de 2006 foram denunciados 9.942 crimes, sendo que em 300 casos as vítimas são idosos e em quase 170 os maus-tratos foram cometidos a crianças.
A violência contra homens soma 522 situações, mas é a mulher, em quase 50% dos casos, que contínua a ser a grande vítima deste problema. A experiência dos técnicos da APAV permite avançar que, na maioria dos casos, vítima e agressor têm um curso superior, trabalham e são muitas vezes alcoólicos"
.

Fonte: http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=745140

Fórum sobre Deficiência - 11.Dez.2006 - Leiria


Fórum “ O Papel da Sociedade, das Instituições e Família na Inclusão da Pessoa Portadora de Deficiência”, promovido pelo Núcleo Distrital de Leiria da Rede Europeia Anti Pobreza/Portugal (REAPN) e Os Malmequeres. A realizar dia 11 de Dezembro de 2006, no auditório 1 da Escola Superior de Educação de Leiria.

Informações pelo telefone: 244 837 228 e pelo e-mail: leiria@reapn.org .

Preço: (1) para Associados da REAPN e estudantes - 5 euros; (2) para Não Associados - 10€


I Encontro "Acolhimento Temporário: Contexto e Acção"-29.Nov

I Encontro "Acolhimento Temporário: Contexto e Acção", a realizar a 29 de Novembro de 2006, organizado pelo Regaço - Centro de Acolhimento Temporário de Crianças do Núcleo da Cruz Vermelha da Póvoa de Varzim, com o apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
Inscrições Gratuitas… pelo telefone: 252615014 - Casa do Regaço ou 252619756 - Núcleo da Cruz Vermelha da Póvoa de Varzim; pelo e-mail: cat.regaço@gmail.com; ou ainda na Casa do Regaço - Rua de Sejães – Terroso, 4495 - 548 Povoa de Varzim (endereço para o qual também pode ser enviada a inscrição).

Fonte: http://www.netcode.pt/bukes/ver_buke.php?bid=4023&page=1

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

É Este o Nosso Tempo...


É este o nosso Tempo....
O paradoxo de nosso tempo na história é que; temos prédios mais altos, mas divisões mais pequenas, auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos,gastamos mais, mas temos menos, compramos mais, mas desfrutamos menos...Temos casas maiores e famílias menores, mais conveniências, mas menos tempo,temos mais estudos, mas menos senso, mais conhecimento e menos poder de julgamento,mais medicina, mas menos saúde.
Bebemos demais, fumamos demais, gastamos demais...rimos menos, conduzimos rápido demais, irritamo-nos muito facilmente,ficamos acordados até tarde, acordamos sempre cansados, raramente temos tempo para ler um livro mas ficamos ficamos horas na frente da TV...Multiplicamos as nossas posses, mas reduzimos os nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita frequência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida... Adicionamos anos à extensão das nossas vidas, mas não vida à extensão dos nossos anos.Já fomos à Lua e voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e encontrarmo-nos com os nossos amigos!
Conquistamos o espaço exterior, mas não o nosso espaço interior.Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpámos o ar, mas poluímos a alma. Escrevemos mais, mas aprendemos menos. Planeamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência.Temos maiores rendimentos, mas menor caracter...Temos mais comida, mas menos paz... Vivemos tempos de refeições rápidas e digestão lenta, de homens grandes mas com pouco carácter...
Estes são os tempos em que se deseja a paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição. de casas bonitas, mas de lares destruídos...
É um tempo em que há muito na vitrine e nada no stok, um tempo em que a tecnologia pode levar estas palavras e tu podes escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente carregar a tecla Del.

SC (Susete Costa), 15.Jan.2006

Fonte: http://trilhosdopensamento.blog.pt/ilusões/

Câmara Emprega Amigos e Familiares do Presidente

“Na Câmara Municipal de Matosinhos, trabalham cinco sobrinhos de Narciso Miranda. E poderiam ser sete se duas não tivessem sido requisitadas pela APDL… Quanto a cunhados, há uma que trabalha nos Paços do Concelho e outro que está colocado nos SMAS. Há ainda um outro cunhado que, embora se tenha reformado da EFACEC e não conste dos quadros da Câmara, se apresenta a chefiar as piscinas municipais…
Entre o seu vasto staff – um chefe de gabinete, duas adjuntas, três secretárias, dez assessores e dois auxiliares – o presidente da Câmara, conta ainda com três motoristas, um dos quais é irmão do namorado da sua filha mais velha e que, por sua vez, tem como colega de trabalho a sua esposa…
A Câmara de Matosinhos assemelha-se a uma instituição familiar, onde alguns clãs parecem ter tendência genética para ganhar concursos públicos ou ser nomeados para cargos de confiança…
” - texto publicado por João Carvalho em 25.Janeiro.2004

Este texto que publiquei foi-me facultado pelo meu papá há tempos, numa das várias vezes que ele se chega ao pé de mim com um monte de folhas A4 com selecções que faz da Internet, para me entreter com leituras e risos para depois discutirmos!
Com pena minha, não tenho a fonte do documento, sabendo apenas que o mesmo foi escrito baseado num artigo publicado no Jornal de Notícias…

De facto, percebemos porque existem tantas lamentações relativamente aos concursos públicos… é que é mesmo LAMENTÁVEL!

terça-feira, 21 de novembro de 2006

II Colóquio "Os Direitos Humanos na Ordem do Dia"

II Colóquio "Os Direitos Humanos na Ordem do Dia"
Igualdade de Oportunidades, Direitos e Desenvolvimento

28 de Novembro 2006
Assembleia da República - Sala do Senado

Mais Informações em: http://insistente-social.blogspot.com/

cidadania VS envelhecimento

“Um sistema político
com igualdade de cidadania
é na verdade
menos do que igualitário
se faz parte de uma sociedade
dividida por condições de desigualdade”
BARBALET, J. (1989)


Ao conceito de cidadania subjaz o seu sentido político de que ser cidadão é participar activamente na vida “da cidade”[1] ou em sociedade. Por sua vez, viver ou participar activamente na vida em sociedade, pressupõe a que se atendam aos direitos e deveres dos indivíduos.
Sublinha J. Barbalet que “a cidadania é manifestamente uma questão política (…) também uma questão de capacidades não-políticas dos cidadãos derivadas dos recursos sociais que eles dominam e a que têm acesso” (1989: 11)
Importa, assim, recuar um pouco para perceber a dinâmica inerente ao próprio conceito de Cidadania, bem como aos Direitos de que se falam, já que “ a construção do conceito de cidadania acompanhou o desenvolvimento histórico das lutas pelos direitos humanos, emergentes na democracia grega, legitimadas nas revoluções francesa e americana, incisivas no último quartel do século passado” (Safira Ammann, 2003: 119).
Prevalecem na historicidade do conceito, merecendo algum destaque, os contributos de dois autores (Marx e Marshall) no desenrolar das Teorias da Cidadania.
No século XIX (década de quarenta), no contexto do processo de fundação do Estado Liberal, Karl Marx, num estudo que desenvolveu sobre as estruturas das Revoluções Americana e Francesa, traçou o que são hoje as criticas à cidadania democrática moderna. Disseca, o autor, que “o Estado anula as diferenças baseadas no nascimento, na posição social, na educação e na profissão” caracterizando-as como “diferenciações não-políticas”, mas, paralelamente, conta com as mesmas, bem como a propriedade privada, para a sua existência (in J. Barbalet, 1989: 14). A este respeito, refere Boaventura Santos que “ao declarar não-políticas as distinções de nascimento, classe social, educação e ocupação, o Estado capitalista permite que elas operem livremente na sociedade, intocadas pelo princípio da igualdade da cidadania política que, por essa razão, é meramente política” (1991: 142). Quer isto dizer que “a condição de cidadania representa (…) uma determinação política do Estado burguês, onde os indivíduos são igualados no plano formal, não possuindo, em contrapartida, uma correspondência necessária no plano da realidade efectiva” (Maria Porto, 2001: 18). Então, segundo Marx, a cidadania constitui-se como condição de reprodução da dominação social, onde predominam, assim, as relações de exploração no seio da concepção de classe.
De acordo com Marx, a transformação política e as limitações que essa mesma transformação transporta à cidadania, só se pode ultrapassar pela existência de uma revolução social. Sobrepõe, portanto, uma emancipação humana, em detrimento de uma emancipação política, traduzida na destruição das desigualdades de condições sociais e de poder, no âmbito da classe ou, em alternativa, uma irrelevância das desigualdades sociais, na qualidade do status de cidadão.
Marx e as suas descobertas, foram, então, motivo de debate político, no século XIX, na Europa. Motivo para discussão política, foi também “o aparecimento de um movimento de trabalhadores que lutava pelo direito de formar sindicatos e de negociar colectivamente com os patrões os salários e as condições de trabalho e emprego”, modificando, desta forma, o debate instalado no século XIX (J. Barbalet, 1989: 15). Este foi um movimento que trouxe consigo resultados, na medida em que se desenvolveram políticas que garantiam protecção contra as desigualdades sociais, nomeadamente ao nível do desemprego e da velhice. A destacar, estão as mudanças que se foram efectuando ao nível da “participação de membros da classe sem propriedade e sem poder no status de cidadania” (Ibidem:15).
A este respeito refere Boaventura Santos que este período, é caracterizado “pela passagem da cidadania cívica e política para a «cidadania social»” (1991: 144). Trata-se, portanto, na conquista de direitos sociais, ao nível das relações de trabalho, segurança social, saúde, educação e habitação, das classes trabalhadoras. (Ibidem:144)
Contextualiza-se, assim, a perspectiva de Marx, num projecto de emancipação humana protagonizada e levada a cabo pela classe trabalhadora.
Também Marshall, na sua obra “Citizenship and Social Class” (1950), contribui decisivamente para a história da cidadania - emergência e evolução dos direitos humanos. A perspectiva Marshalliana, por sua vez, contextualiza-se na história social democrata.
Defende o autor que “à medida que o capitalismo evolui como sistema social e a estrutura de classe se desenvolve dentro dele, também a cidadania moderna passa de um sistema de direitos que nascem das relações de mercado e as apoiam para um sistema de direitos que existem num relacionamento antagónico com os sistemas de mercado e de classe”. (in Barbalet, 1989: 17)
Quer isto dizer que a cidadania social ao colidir com o princípio de mercado, conduziu a uma relação mais equilibrada entre Estado e mercado, decorrente das lutas sociais travadas pela comunidade, na conquista pelos direitos sociais.
Presta, portanto, a sua análise, correlacionando o desenvolvimento de cidadania com o desenvolvimento da sociedade. Nesta óptica, identifica três elementos constituintes ou estádios da cidadania, distinguindo os direitos civis, políticos e sociais.
Aclarando um pouco, os direitos civis formaram-se no século XVIII, período durante o qual se aboliu a censura à imprensa e a emancipação católica e estão ligados à liberdade individual – “de expressão do pensamento e da fé” – sendo, no plano económico, o direito ao trabalho o mais significativo. Hodiernamente, em termos sociais, são os direitos civis os mais universais. (Maria Silva, 2001: 7)
Os direitos políticos que têm inerente a participação no exercício do poder político e que tiveram formação no “início do século XIX, com a extensão de antigos direitos a outros segmentos e grupos sociais, como o direito ao voto” (Ibidem:7).
Por fim, os direitos sociais, com período de formação no século XX, traduzidos “pelo direito ao nível de vida predominante e ao património social da sociedade"- (J. Barbalet, 1989: 19)- ou seja, “que se referem a tudo o que inclui desde o direito a um mínimo de bem-estar económico e segurança ao direito de participar por completo do usufruto aos bens e aos serviços produzidos socialmente e viver com dignidade, de acordo com os padrões que prevalecem na sociedade” (Maria Silva: 2001, 8).
O contributo dado por Marshall, veio sendo alvo de discussão entre diversos autores, um dos quais Boaventura Santos que na perspectiva de Safira Ammann “vem oferecendo valiosa contribuição para oxigenar o debate sobre o tema”, na medida em que considera (Santos) a importância da “presença equilibrada desses três componentes (direitos civis, políticos e sociais) , a fim de evitar excessos de regulação” (2003: 121). Portanto, “reconhecemos a cidadania como uma construção individual e colectiva de homens livres e autónomos (…) é o exercício igualitário dos direitos civis, políticos e sociais existentes e reconhecidos em uma dada formação social, em um determinado momento histórico, por todos os indivíduos que a compõem” (Maria Silva, 2001: 7-8).
No mesmo molde, torna-se pertinente salientar que diferentes sociedades desenvolvem concepções e práticas igualmente diferentes de cidadania. Refere Safira Ammann que “não se pode pensar a cidadania de forma deslocada do contexto histórico e dos condicionalismos de cada formação social”, sublinhando o exemplo da realidade brasileira, em que “grande parte da população não tem acesso aos bens mais fundamentais da vida – por desonestidade, inércia ou incompetência de seus dirigentes -, há realmente que priorizar a luta pelos direitos” (2003: 122). Já J. Barbalet enuncia que “tipos diferentes de comunidade política dão origem a diferentes formas de cidadania” (1989: 12). Dá-se o exemplo de Inglaterra, Canadá e Estados Unidos da América que, enquanto sociedades desenvolvidas, colocam a tónica da cidadania, nos direitos políticos, enquanto que em sociedades subdesenvolvidas, como o Brasil por exemplo, a ênfase da cidadania é dada à necessidade de autonomia, desenvolvimento e democracia. (Maria Silva, 2001: 6)
Parece, então, indubitável que “cidadania é produto de histórias sociais diferentes” (Boaventura Santos in Maria Silva, 2001, 6).
A retirar do supra-referido, está a evolução dos direitos que se percebem evoluir de direitos simples que limitam a acção do Estado, para direitos mais complexos ou positivos que visavam uma acção ou intervenção em defesa dos próprios indivíduos. Daqui apreende-se, portanto, o indivíduo enquanto sujeito de direitos que influencia e delimita a acção estatal, ao exercer esses mesmos direitos.
Noutra perspectiva e atendendo ao lado mais informal da questão da cidadania, importa reflectir um pouco sobre a questão da participação e da responsabilidade.
A questão coloca-se, então, na prossecução de uma responsabilidade colectiva, já que para falar de direitos atender-se-á a uma relação ou passagem da esfera privada para a esfera pública desses mesmos direitos. Entenda-se que para se dar a emergência do direito e a constituição da cidadania, é necessário que as necessidades se colectivizem, para emergirem na esfera pública, traduzida na consciencialização societal de que determinados direitos existam e devam ser uma responsabilidade dessa mesma sociedade. Tal facto, é também perceptível, se atendermos ao facto de que os direitos civis, políticos e sociais que foram triunfados, de alguma forma, advieram de movimentos revolucionários.
Reportemo-nos ao contributo da autora Vera Teles (1994), ao focar as possibilidades, impasses e dilemas da construção da cidadania, tendo como foco a dinâmica da sociedade.
O grande desafio que se coloca, segundo a autora, serão as possibilidades de a cidadania se enraizar nas práticas sociais, o que remete para a questão dos direitos, já que tomamos a sociedade como pano de fundo.
Os direitos são “aqui tomados como práticas, discursos e valores que afectam o modo como desigualdades e diferenças são figuradas no cenário público, como interesses se expressam e os conflitos se realizam [e que] dizem respeito (…) ao modo como as relações sociais se estruturam” (Vera Teles, 1994: 91).
Não é suficiente atender-se ao direito como ética e retórica ou ao seu padrão de legalidade que garante a cidadania e a democracia, é sim necessário apreendê-los na sua legitimidade, ir construindo gradativamente direitos legítimos, atendendo portanto, à questão dos direitos na óptica da dinâmica societal.
Concordamos com a autora quando refere: “ […] na medida em que são reconhecidos, os direitos estabelecem uma forma de sociabilidade regida pelo reconhecimento do outro como sujeito de interesses válidos, valores pertinentes e demandas legítimas (…) operam como princípios reguladores das práticas sociais, definindo as regras das reciprocidades esperadas na vida em sociedade através da atribuição mutuamente acordada (e negociada) das obrigações e responsabilidades, garantias e prerrogativas de cada um. Como forma de sociabilidade e regra de reciprocidade, os direitos constroem (…) vínculos propriamente civis entre indivíduos, grupos e classes” (Ibidem: 92). Será pois indiscutível que “os direitos estruturam uma linguagem pública” em que as exigências de equidade e justiça são julgados, onde os problemas de vida em sociedade e as desigualdades colocam sempre um problema irredutível, conflituoso e problemático da vida social. Então, para colmatar estas lacunas, torna-se necessário construir espaços públicos onde os indivíduos vivam em sociedade e onde exista um compromisso perante estes e a própria sociedade. Espaços onde circulem valores e se articulem argumentos e opiniões e em que os indivíduos sejam capazes de conviver democraticamente com as diferenças e conflitos de cada um. A autora diz-nos que a sociedade é extremamente complexa, contraditória e atravessada por ambivalências de todos os tipos (violência, preconceitos, discriminações) em que a demanda por direitos se faz numa combinação encoberta com práticas de clientismo e favoritismo em vez de prevalecerem critérios públicos igualitários, sendo, neste contexto que a questão da cidadania se define como problema (Ibidem: 93).
A sociedade é heterogénea e desigual nas formas de distribuição e acesso a bens e recursos, o que dando lugar a uma conflituosidade de interesses que atravessa todas as esferas ou dimensões da vida societal, só se resolverá através de mecanismos informais de arbitragem e negociação que se poderão constituir como esperança para a efectivação da cidadania e generalização dos direitos. E isto porque, as instituições não alteram os seus procedimentos, bem como, são os próprios indivíduos que por vezes não tomam consciência dos seus próprios direitos, o que leva a que os direitos formais não se efectivem (Ibidem: 95).
Destarte, há que passar do plano ideal para o plano real, o que pressupõe ou exige mudança de mentalidades ao nível da tomada de consciência da necessidade de efectivação dos direitos, traduzido num processo contínuo de legitimação, não sendo, portanto, suficiente uma legalidade constituída.
Vera Teles diz que é preciso “reinventar a democracia”, é necessário repensar nas relações que existem entre capital e trabalho, entre o público e o privado, no fundo, pensar em novas possibilidades de participação para todos.
Apreenda-se, então a Declaração Universal do Direitos do Homem de 10 de Dezembro de 1948 que contempla direitos civis (do artigo 1º ao 11º), direitos sociais (do artigo 12º ao 17º), direitos públicos (do artigo 18º ao 21º e direitos económicos (do artigo 22º ao 27º), não descurando as responsabilidades comunitárias dos cidadãos (enunciadas nos artigos 28º, 29º e 30º). Realça-se a interligação dos direitos enunciados, bem como as responsabilidades que vão para além do Estado.
Segundo o artigo 22º do documento supracitado, cada Estado deveria garantir os direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis à dignidade e ao livre desenvolvimento da personalidade a todo o indivíduo enquanto membro de uma sociedade. Do mesmo artigo depreende-se que estes direitos serão garantidos pelo esforço nacional, cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado.
Quando o Estado intervém, assume direitos que ultrapassam o direito à vida e os direitos como indivíduos ou cidadãos, passando a tomar medidas que pressupõem agir, ou seja, fazer ou desenvolver acções politicamente organizadas – por exemplo o direito à saúde, implica a existência de hospitais, equipamentos, profissionais especializados na área da saúde, no fundo, gastos públicos e estatais -, transformando-se o Estado em Estado Social de Direito. Acrescenta, portanto, a visão do homem, enquanto indivíduo ou cidadão membro de uma sociedade organizada e a importância da percepção que o próprio indivíduo tem dessa realidade. Bastante diferentes dos direitos universais, os direitos económicos, sociais e culturais, dependem do grau de desenvolvimento da sociedade, do país em questão. De igual modo, os factores estruturantes de cada país no seu singular (factores culturais, religiosos, políticos, económicos, entre outros), fazem com que estes mesmos direitos sejam constantemente violados.
Segundo Paula Guimarães (1999), o direito português considera os cidadãos idosos como sujeitos iguais a todos os outros, mantendo estes a sua esfera jurídica intacta, bem como a sua qualidade de cidadãos, independentemente das situações de vulnerabilidade social ou desfavorecimento económico de que possam ser alvo.
Porém, a Constituição da República Portuguesa reconhece a fragilidade das pessoas idosas e encara-as como “sujeitos passivos de uma obrigação social da família, comunidade e Estado, reconhecendo a sua inferioridade no contexto social e a necessidade de uma intervenção paliativa por parte do Estado” (in Luísa Pimentel, 2002: 4)
[2].
Então, regido por um governo democrático, também no nosso país encontramos muitas contradições a este nível, sendo a exclusão social um exemplo legítimo, para argumentar a ideia.
Será, então, uma reflexão em torno do conceito de exclusão social um dos caminhos analíticos a percorrer, para se poder dissecar a forma de como o processo de envelhecimento pode ou não colocar em causa o exercício da cidadania.
A este respeito, Helena Reis (1995), no âmbito da sua tese de dissertação de mestrado – “O Conceito e a Medição da Exclusão Social” – presta-nos um contributo bastante esclarecedor que tomaremos como referência.
A autora reconhece que “ ao nível da exclusão social, o conceito permanece ainda muito impreciso, dada a sua actualidade, não obstante o crescente reconhecimento que vem adquirindo entre as instâncias públicas e investigadores sociais” (1995: 6). Parece contudo consensual, a ideia de “dificuldade ou ausência de participação nas actividades comunitárias” traduzida pela utilização de diversos conceitos como marginalização, não integração, precaridade, ou mesmo desafiliação (Helena Reis, 1995: 14).
Assim, “a impossibilidade de participar em actividades e ter uma conduta usual na sociedade permite falar em privação, marginalização ou exclusão social” (Whelan, 1994). Também “a quebra ou disfuncionamento de um ou dos vários sistemas sociais que garantem a integração social – em sentido amplo”, é, para Berghman (1994), o significado de exclusão social, assim como, para Costa (1985), o mesmo conceito significa “ o afastamento de alguns cidadãos dos padrões de vida correntes da sociedade e manifesta-se por: escassez de recursos, perda de poder e de participação, carências nos mais variados domínios da vida individual, familiar e social” (in Helena Reis, 1995: 10,14,16).
Também Safira Ammann, ao reportar-se a esta temática sublinha que “o fator que embaça os parâmetros estruturantes do conceito de exclusão social é a multiplicidade de designações propostas pelos estudiosos do tema: desqualificação (Paugan, 1991), desinserção (Gaujelac e Leonetti, 1994), desfiliação (Castel, 1998), apartação (Buarque, 1993), inclusão perversa (Martins, 2002)” (2003: 123)
Será, então, o fracasso da integração cívica, económica, social ou interpessoal que conduzirá à propulsão da exclusão social, entendendo que a integração cívica é “facilitada pela participação no sistema democrático e legal, gozo efectivo dos direitos de cidadania”, a integração económica é “promovida pela participação no mercado de trabalho, possibilitando o acesso a um rendimento primário”, a integração social é “derivada do acesso aos benefícios sociais proporcionados pelo Estado” e a integração interpessoal é “ resultante da participação na vida social da comunidade, envolvimento nas redes de solidariedade informais ou familiares” (Helena Reis, 1995: 16). No fundo, será a falha ou lacuna dos sistemas democrático legal, de mercado de trabalho, de Estado de bem-estar e de comunidade e família que impulsionará a existência de exclusão social.
Concordamos pois com Helena Reis, quando sublinha que a concepção de exclusão social “é consentânea com uma abordagem do fenómeno em termos de privação”, o que nos remete para um estado de desvantagem, observável e demonstrável, relativamente à sociedade.
Destarte, será de todo pertinente reconhecer a pobreza como uma forma de exclusão social, e consequentemente, entronizar a “sequência lógica” de que nos fala a autora, destes três conceitos: pobreza, privação e exclusão social. A tese de Peter Townsend (1979) mune esta “sequência lógica” de fidedignidade quando define pobreza desta maneira: “Indivíduos, famílias e grupos na população consideram-se em situação de pobreza quando defrontam falta de recursos que lhes permitam ter o tipo de alimentação, participação nas actividades e condições de vida e conforto que são habituais ou pelo menos amplamente aprovados nas sociedades a que pertencem. Os seus recursos estão situados de tal forma abaixo dos disponíveis pelo indivíduo médio, que estão de facto, excluídos dos padrões normais de vida, costumes e actividades” (in Helena Reis, 1995:16).
Note-se que nem todo o indivíduo é pobre, não obstante todo o pobre é excluído. A pobreza, poder-se-á assim dizer que é uma forma de exclusão social, resultante da escassez de recursos e, portanto, manifestada em termos de privação.
Para “conhecer a exclusão deveríamos simultaneamente conhecer o número de pobres e a diversidade de situações em que se encontram, mas também entender a forma como a sociedade está produzindo os seus excluídos (produtividade, emprego, distribuição da riqueza, o atendimento nos serviços de saúde, a cobertura de riscos sociais, etc), senão estamos desequilibrando a análise da pobreza e da exclusão social” (Isabel Saldita, 1998: 4).
Fazendo referência à definição de exclusão social, assumida pelo Observatório da Comunidade Europeia (que tem por base ou suporte os estudos de Marshall na sua concepção de cidadania) – enquanto “situação, facto que envolve o não respeito pelos direitos civis, sociais e políticos que são declarados acessíveis a todos os elementos numa sociedade e que lhes conferem uma posição de igualdade. Mais precisamente a «exclusão social» pode ser analisada em termos da negação, ou não realização dos direitos sociais como o direito, garantido a cada cidadão no âmbito dos países da Comunidade, a um certo padrão básico de vida e a participar nas principais instituições sociais e profissionais (…) direitos estes que nem sempre são expressos em termos jurídicos” (in Helena Reis, 1995: 20).
A cidadania definida por critérios de pertença e de inclusão, contribui para a definição de exclusão, uma vez que exclui os que não são reconhecidos legitimamente como membros, do acesso aos recursos disponíveis e da participação plena na vida da comunidade (Ferreira, 1994 in Helena Reis, 1995: 19). Vêem-se, portanto, os direitos sociais como uma fonte de exclusão social para os que são excluídos desses mesmos direitos (Bouget, 1993 in Helena Reis, 1995:19).
A exclusão mune-se, assim, de um carácter multidimensional, argumentado pela privação manifestada em diferentes domínios da vida social. Também a manifestação da exclusão em domínios como, por exemplo, a saúde, educação e formação, habitação e emprego, reforçam a ideia da sua multidimensionalidade.
Importa, neste contexto, relembrar que, sendo o presente projecto direccionado para a temática da população idosa, no âmbito da promoção da cidadania, se torna pertinente abordar a questão da manifestação da exclusão social, no concernente a este grupo da população.
Os idosos “são uma das categorias sociais mais afectada pelos mecanismos de exclusão social. Estão entre os mais pobres, entre os que vivem em condições mais degradantes, entre os que enfrentam situações de maior isolamento social, entre os que mais se suicidam (…) os esforços são poucos quando se trata de promover a plena integração das pessoas idosas na sociedade” (Luísa Pimentel, 2002: 2).
Não parece pois difícil de percepcionar as graves situações de exclusão, e consequente negação de direitos, de que são alvo os “mais velhos”, bem como a condição de cidadãos que apresentam no seio societal.
A autora Luísa Pimentel sublinha que este grupo populacional constitui “ […] provavelmente, o exemplo mais completo e, contudo, menos óbvio, de discriminação e exclusão social (a todos os níveis: económico, social, familiar, no domínio da saúde e da qualidade de vida)” e analiticamente apresenta diversas formas de exclusão. Identifica, portanto, formas de exclusão mais visíveis (como o facto dos idosos se encontrarem entre as pessoas mais pobres e as que vivem em condições mais degradantes, a negatividade que as representações sociais sobre os mais idosos apresentam, o aumento progressivo do número de idosos que vivem sós, bem como o aumento do risco de isolamento deste grupo) e formas de exclusão menos visíveis (como as dificuldades apresentadas pelos prestadores de cuidados a indivíduos idosos ou até a violência que é exercida sobre estes) - (2002:1-2).
Já Sandra Almeida analisa a representação política que o grupo dos idosos tem, reconhecendo a impossibilidade deste “conquistar oportunidades e reivindicar os seus interesses e direitos, junto da sociedade civil e política” (2003: 3). Reconhece, a autora, dificuldades inerentes à lógica da democracia representativa dos idosos, reportando-se à ausência de uma consciência de grupo e às dificuldades inerentes ao sistema de representação política.
A heterogeneidade de que se mune a população idosa “é um dos motivos que explica a ausência de uma consciência cívico-política comum (…) e esta falta de consciência de grupo e pluralidade de interesses está na base da ausência de iniciativa de constituição e promoção de um dos instrumentos fundamentais do empowerment do cidadão idoso: o associotivismo” (Ibidem:3).
Por outro lado, “ o cidadão idoso não configura (…) um grupo de interesses organizado, capaz de pressionar os detentores de posições de poder decisório e político no sentido de influenciar a adopção de medidas urgentes (…) é preciso incentivar e incutir nesta camada populacional ideia de associativismo e participação” (Ibidem: 4). Quer isto dizer que, sendo a população idosa um grupo heterogéneo, também ao seus interesses gozam de pluralidade, integrando o cidadão idoso uma categoria de cidadãos não agrupados, e consequentemente, não constituído de maneira a poder influenciar o poder político, sendo, então, desta forma que urge a necessidade de incrementar a ideia de associativismo e, consequentemente, de participação (seja esta participação mais ou menos activa ou passiva).
O Comité responsável pela vigilância do cumprimento das obrigações assumidas pelos 141 Estados que autenticaram o Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais, sob a alçada das Nações Unidas, pondera a atenção específica que deve ser dada à promoção dos direitos das pessoas idosas, defendendo, em termos gerais, aspectos como
[3]:
- Igualdade de direitos para ambos os sexos, com especial relevo o sexo feminino em idade mais avançada, que, toda a sua vida, se dedicou ao cuidado da família e que se vê privado do direito a receber uma pensão de velhice por não ter desempenhado uma actividade remunerada;
- Adopção de medidas que evitem a discriminação no emprego por questões de idade;
- Estabelecimento de regimes gerais para um seguro de velhice obrigatório (a partir de determinada idade), prescrita na legislação nacional;
- Protecção na família, por meio da criação de serviços sociais que apoiem a família quando tenham no seu agregado familiar pessoas idosas;
- Acesso a um conjunto de bens e serviços essenciais ao bem-estar da população idosa que garanta um nível de vida adequado;
- Criação de políticas de saúde que preservem a saúde física e mental dos idosos;
- Direito à educação e à cultura, pelo benefício de programas de educação e formação adequados às suas capacidades e motivação.

Face ao exposto, é elucidativo o modo como os cidadãos idosos são alvo de exclusão ou discriminação social, exigindo a necessidade constante da intervenção e do agir, de forma a que os seus direitos se vejam efectivados e garantam, destarte, a sua dignidade, qualidade de vida e de bem-estar, bem como a sua qualidade de cidadãos.


[1] Já que, se atendermos ao sentido etimológico da palavra cidadão, sabemos que este deriva da noção de cidade.
[2] Constituição da República Portuguesa, artigo 72º - Terceira Idade.
[3] O que seguidamente vai ser apresentado, tem com fonte Luísa Pimentel, 2002: 2-3.
Fonte: RODRIGUES, Tânia Santos (2004). O Papel do Serviço Social Junto dos Utentes Idosos, na Efectivação de uma Cidadania Activa. Projecto de Investigação. Coimbra, I.S.B.B., policopiado, 25-40pp.