Acerca de mim

Sou Técnica de Serviço Social /Assistente Social por gosto! ATENÇÃO: Não sou do signo Touro (como está no profile), mas sim CAPRICÓRNIO! ;)
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sábado, 28 de outubro de 2006

Não importa a idade

Terceira idade, idade da sabedoria e da experiência!
Vida que merece ser vivida,
Não importa a idade.
Terceira idade, vida que merece ser bem vivida, curtida.
Vida que merece respeito, carinho e atenção
De todos que um dia, também lá, chegarão.Vida que exige família, renda, saúde e educação.
Moradia, ocupação e diversão.
Com Deus sempre presente em cada coração
Para que a vida seja vivida com dignidade e satisfação.
Terceira idade, por que não aceitá-la?
Por que não enfrentá-la?
Por que deixá-la passar se cada estação da vida
Tem o seu perfume, o seu encanto
E a sua luz que faz a vida brilhar?
É preciso ter sempre consigo a esperança
E a vontade de lutar
Pelo direito à vida, que é sagrado, mas que é necessário conquistar.
Terceira idade, vida que merece respeito, carinho e atenção
De todos que um dia, também lá, chegarão.
Precisamos, pois, sensibilizar com mais fervor
Família, poderes públicos e sociedade para que entendam
Que não basta fazer leis, se na prática, esquecem de aplicar.
Que não basta falar de amor, solidariedade e atenção
Se os que estão na terceira idade,
Ainda sofrem o peso da discriminação,
Do desrespeito e o não reconhecimento do seu valor
Como gente, cidadão.
Não importa a idade,
Cada estação da vida merece ser vivida com dignidade
E satisfação.
Terceira idade, caminhemos de mãos dadas
Envolvendo crianças, jovens e adultos,
Família, poderes públicos e sociedade
Buscando construir colectivamente
O sonho de uma realidade,
Para que a pessoa idosa seja vista como gente
E não como um fardo a ser carregado.S
eja vista como cidadã que pensa e pode ser útil e competente
Se a sua vida for com dignidade preservada.
Terceira idade, vida que merece ser vivida, não importa a idade.

de Liduina Felipe de Mendonça FernandesMossoró
In http://www.mundojovem.pucrs.br/poema-idoso-3.php

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Em Notícia:

SEGURANÇA SOCIAL - UE diz que reforma é boa solução

A Comissão Europeia diz que a reforma da Segurança Social proposta pelo Governo indica que Portugal está no bom caminho.
O comissário Joaquín Almunia disse, esta quarta-feira à tarde em Bruxelas, que a reforma para a Segurança Social pode ser uma boa solução para evitar o colapso do pagamento de reformas no futuro.
O Comissário Europeu da Economia e Assuntos Monetários deu o aval à proposta do Governo para a Segurança Social.
Joaquín Almunia apresentou um relatório devastador para 16 Estados-Membros da União Europeia. No caso português, considerado de risco elevado, a Comissão antevê a ruptura do sistema em 2050. Quando Portugal estiver endividado seis vezes o valor do Produto Interno Bruto, por causa do pagamento das reformas da Segurança Social.
Uma situação insustentável, mas o comissário Almunía ressalva que o estudo não tem ainda em linha de conta as medidas do Governo. Quanto ao modelo de Segurança Social, para a Comissão não há um que seja perfeito.
Público ou privado, entre um modelo de repartição de solidariedade intergeracional, como é o caso português, ou um modelo misto com capitalização individual é na fusão que está a virtude.

Fonte: http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=732142

Animação Sócio-cultural - Divulgo...


















Mais Informações em: http://www.apdasc.com/

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Divulgo...Seminários, Congressos, Colóquios, Jornadas, Encontros, ... de Outubro e Novembro

OUTUBRO

Encontro "Assistente Social e Coesão Social" promovido pela APSS, a realizar no próximo dia 14 de Outubro no Auditório dos Paços da Cultura em S. João da Madeira. Informações em: apss_drn@portugalmail.pt




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Seminário "Crianças e Jovens em Perigo", a realizar dia 23 de Outubro de 2006 - Organizado pela CPCJ de Penafiel, com a colaboração da Câmara Municipal de Penafiel - Inscrições Gratuitas. Informações: telfone - 255 214 470 - Prazo limite de inscrição 16 de Outubro, e-mail: cpcj.penafiel@iol.pt

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Seminário “Vitimação Juvenil: Compreender e Proceder”, promovido pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), nos dias 24 e 25 de Outubro de 2006, no Porto.

Ainda 4 Workshops:

-No dia 24: Workshop 1 – “O Mediador de Conflitos na Escola” e Workshop 2 – “Teatro para a Prevenção”;

-No dia 25: Workshop 3 – “As novas tecnologias aplicadas à intervenção junto de adolescentes vítimas” e Workshop 4 – “Dinâmicas de grupo para adolescentes vítimas de crime”.

Inscrições para o Seminário e para os Workshops: até ao dia 17 de Outubro de 2006 e são GRÁTIS.

Inscrições para o seminário da APAV: seminarioiuno@apav.pt ou Tel/Fax: 222010224
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Jornadas "Educação Inclusiva - Direitos, Recursos e Práticas" promovidas pela ARCIL a realizar nos dias 26 e 27 de Outubro no Cine-Teatro da Lousã (Coimbra). Informações em: arcil@mail.telepac.pt
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XIV SEMINÁRIO da Associação de Investigação e Debate em Serviço sob o tema "O Social e a Transdisciplinaridade- Um Desafio à Inovação Local", a realizar nos dias 26 e 27 de Outubro no Auditório da Universidade Católica no Porto. Informações em: aidssp@clix.pt


NOVEMBRO

Seminário "Serviço Social na Doença Oncológica- Perspectiva Interdisciplinar", promovido pelo Serviço Social do Instituto Português de Oncologia de Coimbra de Francisco Gentil, E.P.E, a realizar no próximo dia 10 Novembro de 2006 no Auditório do IPO de Coimbra. Informações em: s.social@croc.min-saude.pt
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I JORNADAS IBÉRICAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER

O "Aqui" e o "Agora" da Doença de Alzheimer: Diferentes Contornos da Mesma Realidade, promovidas pela APFADA / AFAL (Espanha) - Câmara Municipal de Almeirim, dias 16 e 17 de Novembro de 2006, no Cine Teatro de Almeirim - Santarém. Mais Informações: APFADA - Filipa Gomes, Telf: 24 3594136, E-mail: mailto:filipa.apfada@netcabo.pt; INSCRIÇÕES: Ana Margarida Cavaleiro, Telf.: 21 3610463, Email: ana.apfada@netcabo.pt (Até 3 de Novembro - Associados da APFADA e Estudantes: €35 - Não associados e profissionais: €70; Após 3 de Novembro - Associados da APFADA e Estudantes: €45 - Não associados e profissionais: €80)

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Congresso "Paralisia Cerebral - Diagnóstico e Intervenção na Diplegia", organizado pelo Núcleo Regional do Centro da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral como evento comemorativo dos seus 31 anos. A realizar nos dias 22 e 23 de Novembro, no Auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Informações em: 239827188 239792120

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Solidão…dos mais velhos

O Homem faz questão de ser visto,
de estar cercado de bulha,
de sorrisos embora sem profundidade afectiva,
sem o calor sincero das amizades,
nessas áreas, sempre superficiais e interesseiras.
O medo de ser deixado em plano secundário,
de não ter para onde ir, com quem conversar,
significaria ser desconsiderado, atirado à solidão
Joanna de Ângelis & Divaldo Pereira Franco

O ser humano é um ser sociável por natureza, o que pressupõe que interaja e integre diferentes grupos sociais. Quando tal não acontece, dissecam-se os solitários por opção ou diferentes formas de discriminação e de exclusão social.
Neste domínio, os mais velhos, parecem ser alvo de eleição, constituindo, segundo Luísa Pimentel (2002), “provavelmente, o exemplo mais completo e, contudo, menos óbvio, de discriminação e exclusão social a todos os níveis: económico, social, familiar, no domínio da saúde e da qualidade de vida”.
Facto é que o próprio fenómeno de envelhecimento, acarreta em si, realidades cruéis, traduzidas em formas de exclusão - ainda que de forma mais ou menos visível, elas existem – sendo exemplo disso o isolamento social ou solidão que se verifica.
Note-se: o número de pessoas idosas a viver sós tem vindo a aumentar significativamente, assim como o risco de isolamento dos idosos é cada vez maior. Segundo dados do INE (2001), em Portugal, 19% dos Idosos vivem sós. Manuel Neto, menciona o número de pessoas que vivem sozinhas, sem família ou companheiro que é cada vez maior, nas grandes cidades da Europa e da América. Muitos psicólogos, defendem que este grupo está mais exposto a sofrer de doenças físicas e psíquicas, na medida em que o seu sistema imunológico se revela menos estável, menos forte e mais predisposto à contracção de doenças crónicas.
Também o predomínio de uma sociedade industrializada, das inovações tecnológicas, de arquitecturas pouco adequadas às limitações dos idosos e as baixas reformas, vêm contribuir fortemente para o isolamento social desta população.
Cada vez mais, os filhos de pessoas idosas, se vêem confrontados com o problema de não apresentarem condições para tomar a cargo os pais idosos, mais visivelmente, quando se vive em cidades e apartamentos. Manuel Neto, dá o exemplo de Paris em que “muitas mulheres idosas vivem nos últimos andares de prédios muito antigos (80% construídos antes de 1914) o que em parte, explica o seu isolamento (…) evitam subir ou descer escadas ou utilizar os meios de transporte concebidos apenas para pessoas ágeis”.
A população idosa já não ocupa o lugar de prestígio, sabedoria e respeito de há uns anos atrás. São ultrapassados, pela criatividade, conhecimento e actividade dos mais novos. Veja-se, o próprio mercado de trabalho, não imprime grande fiabilidade às pessoas mais velhas (mesmo antes dos 65 anos), acreditando sim, no dinamismo dos trabalhadores jovens. Tira-se a visibilidade aos mais fracos, aos mais vulneráveis, excluindo-os e projecta-se, desta forma, o consequente sentimento de inutilidade, impulsionador de isolamento social.
O próprio contexto desta fase da vida do indivíduo, promove factores embrionários de solidão – a idade da reforma, a situação de viuvez, a sensação de “ninho vazio” e a pobreza e exclusão social.
A reforma, por exemplo, poderá ser uma fonte de risco para a solidão, na medida em que se apresenta intimamente ligada à qualidade de vida e bem-estar. A pessoa em idade de reforma, sofre ou não com as alterações à rotina que tinha em idade activa, consoante, aceita ou não essa mudança e de como a vive. O corte natural que se regista nas relações sociais do indivíduo reformado, pode ser ofuscado e mesmo substituído, consoante o mesmo investe ou não numa vivência positiva e activa em sociedade.
A viuvez, por seu turno, constitui-se um momento trágico na vida do indivíduo e que ocorre, pela naturalidade biológica, em “idade idosa”. Neste momento, verifica-se uma ruptura a nível pessoal, familiar e social, coexistindo, sentimentos de desilusão com a vida, o que pressupõe uma adaptação e alteração do grupo de amigos. Salienta-se, neste contexto, a dificuldade de adaptação na velhice, bem como a sensação de “ninho vazio” pela perda do cônjuge que podem provocar sentimentos de solidão e/ou mesmo isolamento social entre outros. A revista Medizin Populaer (in Manuel Neto), revela que “o extremo stress que representa a perda do cônjuge, faz com que muitos percam a alegria de viver. Além disso, muitas pessoas deprimidas alimentam-se mal e algumas, em especial os homens, procuram consolo no consumo excessivo de álcool”.
Outra realidade que vivem os idosos, é o sentimento de distanciamento dos filhos. Sabe-se que “o quotidiano dos indivíduos é cada vez mais complexo e agitado. As famílias nem sempre têm os recursos necessários ou a disponibilidade para cuidar dos seus familiares idosos (…) Há pessoas idosas abandonadas, completamente esquecidas, largadas em instituições de qualidade duvidosa ou esquecidas em pequenos apartamentos degradados e isolados do exterior” (Luísa Pimentel, 2002).
Este cenário parece agravar-se ainda mais, quando analisadas situações extremas, como o suicídio. De acordo com Souto Lopes (1989), a tendência para o suicídio, vai aumentando significativa e proporcionalmente à idade que se tem. As pessoas socialmente isoladas, solitárias, solteiras, viúvas, separadas ou divorciadas, assim como pessoas eliminadas do processo de trabalho ou privadas do seu antigo estatuto social, constituem-se grupos de risco, em termos de suicídio tardio – ao que a população idosa parece enquadrar-se perfeitamente…

Releva-se, assim, a solidão enquanto sentimento (em que o indivíduo se sente só no meio da multidão) e enquanto estado ou situação social (em que não se tem ninguém para conviver), que despoleta uma experiência subjectiva, psicologicamente desagradável, quando a rede de relacionamentos de uma pessoa é deficiente e que, consequentemente, se manifesta, na actualidade, como um dos mais graves problemas que desafiam a cultura e o próprio Homem. Assim, de acordo com Paula Marques, “ a solidão reflecte essencialmente uma discrepância subjectiva entre os níveis de contactos sociais desejados e realizados, podendo atingir dimensões psicopatológicas”.
Barreto (1984) faz referência aos níveis mais elevados de solidão, em classes mais baixas, facto este, justificado pela existência de poucos interesses específicos e uma baixa capacidade de ocupação em actividades de satisfação pessoal – o que poderá estar relacionado com o fraco nível de instrução escolar, por exemplo.

Clarifica-se, contudo, que viver só não é sinónimo de se viver solitário! Tal como, todo o ser humano, necessita de algum momento de estar só, consigo próprio. Mas, ninguém gosta de se sentir só! A confirmar estas ideias, está o contributo de Ângelis & Franco a referir que “ o silêncio, o isolamento espontâneo, são muito saudáveis para o indivíduo, podendo permitir-lhe reflexão, estudo, auto-aprimoramento, revisão de conceitos perante a vida e a paz interior”.

Então, imprime-se aqui, a necessidade de prevenir situações de solidão, sendo a receita: a vivência do envelhecimento de forma activa, combatendo a solidão a ele associada, a aceitação das perdas e o apoio informal. Para tal, deixam-se algumas dicas: passar mais tempo com a família (fazer refeições com os filhos, ir buscar os netos à escola), associar-se a diferentes grupos de actividades (exemplo: ginásio, centros de convívio, excursões), passar o tempo na companhia de amigos (visionar um filme, jogar cartas, passeio a pé, viajar, ter um animal de estimação) … No fundo, o prazer que se pode tirar da realização de actividades de que se gosta, pode ser o passo nº1 para evitar a solidão!



BIBLIOGRAFIA:
Souto Lopes, Jaime (1989), “Suicídio nos Idosos”, Geriatria 2, 14, 31-37)
Pimentel, Luísa (2002), Comunicação “Formas de Exclusão das Pessoas Idosas: Entre o Invisível e o que Não Queremos Ver”, apresentada no I Congresso da Figueira da Foz sobre Exclusão Social.
Fernandes, Hélder (2005), Apresentação “Solidão na Velhice”, Workshop de Gerontologia, UTAD.
http://dn.sapo.pt/2004/12/06/sociedade/solidao_tambem_mata_so_idosos_como_j.html
http://cidadaniactiva.blogs.sapo.pt/arquivo/286472.html
http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/doutrina/mat-0055.htm
http://saude.sapo.pt/gkBp/233124.html