O Núcleo Distrital de Beja da Rede Europeia Anti- Pobreza/ Portugal apresenta as conclusões do encontro que promoveu para debater a vocação das aldeias e vilas do interior do país para o modelo “Aldeias Lar”.
O Seminário Internacional “Aldeias Lar – Um Futuro para o interior de Portugal”, juntou em Beja, no passado dia 15 de Junho, diversos especialistas nacionais e internacionais, para debateram o futuro das aldeias e vilas do interior do País, destacando-se entre estes a presença do professor Ezequiel Ander-Egg – consultor da ONU e uma referência mundial na área da investigação social.
O encontro contou com a presença de mais de quinhentas pessoas, entre as quais representantes da sociedade civil, médicos, assistentes sociais, autarcas, estudantes, enfermeiros, psicólogos, e em especial idosos, que manifestaram o seu grau de satisfação pelo modelo “aldeia lar”.
As aldeias e vilas do interior foram olhadas, não como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade, se às mesmas se atribuírem vocações, sendo que uma destas é a vocação de “aldeia Lar”, valorizando para o efeito todo um conjunto de critérios de diferenciação que o interior oferece tais como o sol, clima, espaço, água, riqueza ambiental e patrimonial, gastronomia, paz, entre outros.
Este seminário pretendeu reflectir e encontrar respostas para alguns dos problemas sentidos na região, e que são comuns no interior do país, como o envelhecimento da população, as taxas de crescimento natural negativas, as dificuldade na fixação dos jovens no interior e a sua fuga para os grandes centros, bem como o consequente abandono e processo de despovoamento de muitas vilas e aldeias do interior.
Foi sugerido, ao longo desta iniciativa, que através de investimento público, privado ou misto, sejam adquiridas casas devolutas, para que sejam reconvertidas em habitações para a instalação de idosos, oriundos do país ou de outros países. Nestas aldeias e vilas deverão ser constituídos espaços de lazer, unidades centrais de apoio, onde são servidas as refeições, e se prestam cuidados e assistência médica (cuidados paliativos e serviços geriátricos, com a existência de profissionais 24 horas por dia).
Ezequiel Ander Egg reforçou as transformações demográficas que se produzirão no século XXI e que vão influenciar o trabalho com a 3ª Idade, quer ao nível da política social, com o colapso do sistema de pensões e de reformas, bem como ao nível da medicina, que tem de começar a encontrar formas de acrescentar anos à vida, referenciando ainda a perspectiva de que em 2050 se estime que cerca de 21% da população mundial estará com mais de 60 anos, percentagem equivalente à população jovem. Salientou, também, a necessidade de uma atitude ética ao nível planetário, com forte incidência numa solidariedade intergeracional, onde o desafio lançado passa por ver o “outro” como um ser que importa e pelo qual se é responsável.
O Seminário Internacional “Aldeias Lar – Um Futuro para o interior de Portugal”, juntou em Beja, no passado dia 15 de Junho, diversos especialistas nacionais e internacionais, para debateram o futuro das aldeias e vilas do interior do País, destacando-se entre estes a presença do professor Ezequiel Ander-Egg – consultor da ONU e uma referência mundial na área da investigação social.
O encontro contou com a presença de mais de quinhentas pessoas, entre as quais representantes da sociedade civil, médicos, assistentes sociais, autarcas, estudantes, enfermeiros, psicólogos, e em especial idosos, que manifestaram o seu grau de satisfação pelo modelo “aldeia lar”.
As aldeias e vilas do interior foram olhadas, não como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade, se às mesmas se atribuírem vocações, sendo que uma destas é a vocação de “aldeia Lar”, valorizando para o efeito todo um conjunto de critérios de diferenciação que o interior oferece tais como o sol, clima, espaço, água, riqueza ambiental e patrimonial, gastronomia, paz, entre outros.
Este seminário pretendeu reflectir e encontrar respostas para alguns dos problemas sentidos na região, e que são comuns no interior do país, como o envelhecimento da população, as taxas de crescimento natural negativas, as dificuldade na fixação dos jovens no interior e a sua fuga para os grandes centros, bem como o consequente abandono e processo de despovoamento de muitas vilas e aldeias do interior.
Foi sugerido, ao longo desta iniciativa, que através de investimento público, privado ou misto, sejam adquiridas casas devolutas, para que sejam reconvertidas em habitações para a instalação de idosos, oriundos do país ou de outros países. Nestas aldeias e vilas deverão ser constituídos espaços de lazer, unidades centrais de apoio, onde são servidas as refeições, e se prestam cuidados e assistência médica (cuidados paliativos e serviços geriátricos, com a existência de profissionais 24 horas por dia).
Ezequiel Ander Egg reforçou as transformações demográficas que se produzirão no século XXI e que vão influenciar o trabalho com a 3ª Idade, quer ao nível da política social, com o colapso do sistema de pensões e de reformas, bem como ao nível da medicina, que tem de começar a encontrar formas de acrescentar anos à vida, referenciando ainda a perspectiva de que em 2050 se estime que cerca de 21% da população mundial estará com mais de 60 anos, percentagem equivalente à população jovem. Salientou, também, a necessidade de uma atitude ética ao nível planetário, com forte incidência numa solidariedade intergeracional, onde o desafio lançado passa por ver o “outro” como um ser que importa e pelo qual se é responsável.
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